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- O
que que eu vou fazer?
- Você
sabe o que fazer, cê sempre sabe.
- Agora eu só quero chorar.
- Então, chora. Eu tô aqui. Eu
te amo, e vai ficar tudo bem.
- Unhum...- Eu a abracei forte
e ela chorou molhando minha t-shirt
do Nirvana predileta. Tudo bem, tudo bem, eu limparia até o vômito dela com
essa camisa se fosse preciso.
- Sabe, eu nunca pensei que
minha primeira noite na praia acabaria com você chorando e várias latas vazias
de Skol Beats na areia. Imaginava que seria, ao menos, vinho pra esquentar
porque eu tô com um frio que cê nem sabe.
- Sei sim, olha, você tá toda
arrepiada. – Ela respondeu, rindo.
Eu não precisava olhar pra
perceber os pelinhos dos meus braços eriçados, eu sabia. Só queria fazê-la rir,
porque estava me matando vê-la daquela forma.
- Me conta de novo?
- O que?
- Essa história maluca de
vocês dois. – Não que eu queira que ela sofra mais. Okay, sei que tiraria novas
lágrimas dela e minhas também, mas sempre que termina de contar, ela respira
fundo, tirando o fôlego de lá do fundinho da alma e diz que vai ficar tudo bem,
e eu quero que ela diga isso porque talvez seja mais fácil pra mim acreditar.
- Tem certeza? E se eu ficar
parecendo uma tagarela repetitiva?
- Você sempre foi minha
tagarela predileta, sua boba. Conta.
Ela tirou a cabeça do meu
ombro, respirou fundo olhando para as ondas do mar, e em seguida, ergueu o
olhar para a Lua, no céu.
- Ai meu Deus... – Ela
suspirou, antes de dar outra golada na cerveja e enfiar os pés dentro da areia.
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